sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Sobre aquele animal de Alverca...

...devia ter sido "abatido". Em vez disso saiu em liberdade. E é nestes momentos que pensamos em que espécie de país vivemos, com o que se preocupam as leis e aqueles que as interpretam.

Quem protege aquela vitima do medo. Sim do medo, do seu medo de poder voltar a dar de caras com aquele verme asqueroso???

Justiça não pode ser só uma palavra que se diz. Não pode ser só dizer " que temos de confiar na justiça". Por muito que queiramos chega uma altura em que já não dá para defender a nossa justiça... E começa a ser cansativo assistir a essa degradação...

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Sobre gregoriamento informativo

E voltamos a isto todos os dias, sempre com hora marcada, ou não, caso estejamos a falar de um canal de informação 24 horas. Esta urgência de (des)informar constante na ânsia de dizer algo primeiro que os outros concorrentes ou, não havendo nada para dizer de novo assistimos a maratonas intermináveis de imagens e "informações" repetidas até à exaustão... Perante este circo dos media um público acrítico, de cérebro adormecido, quase a deitar uma "babinha" pelo canto da boca como aquela que criamos quando dormimos horas seguidas e bem descansadas numa boa cama... Toldam-nos as ideias, esculpem-nos as opiniões, manipulam-nos até ao tutano para que estejamos sempre à espera da boca informação que nunca mais chega (porque não vai existir) ou inventam informações segundo fontes que nunca saberemos quem são. As fontes são anónimas e os"jornalistas" têm o direito de não as revelar o que significa que podem dizer as mentiras que quiserem e culpar sempre as fontes. O que interessa é manter as audiências presas e com a TV ligada... (Ou jornal comprado, ou rádio no"on"). Como chegamos a este ponto em que este gregório de mentiras, invenções, trapassas, se transformaram em "como fazer notícias, informação, jornalismo ou, pior, jornalismo de investigação"? Para se ser "jornalista", nos dias que correm, não é preciso grandes estudos ou capacidades... Para mentir não é preciso tirar nenhum curso: é um dom; para se ser chato basta nascer assim; para se repetir coisas como um papagaio basta ser um estagiário...
Eu sei que as coisas não mudam nem vão mudar mas não consigo deixar de me sentir revoltado por vivemos num mundo assim...

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Sobre amadores profissionais

Acho que muitos de vós sabem do quanto gosto (gostava) de cantar e de como até não cantava (canto???) tão mal assim. Apesar disso nunca fiz todos os possíveis e impossíveis (antes e agora) (como não faço tantas vezes em tanta coisa) para tentar singrar no mundo da música.
Também tenho cá para mim que vivemos num país de "artistas"... no péssimo sentido que se pode dar a este termo. Tenho a ideia de que se fosse possibilitado a cada um escolher qual a profissão que iria ter para o resto da vida 80% dos portugueses iam ser cantores... (mesmo que não cantem nada). Os restantes serviços ficariam sem ninguém para os sustentar.

Mas o que me traz aqui... cada vez mais os programas de "caça-talentos" da TV portuguesa são para "amadores profissionais". Ainda sou do tempo em que víamos participantes em concursos de cantores em que participavam donas de casa que só cantavam em casa, gente que nunca tinha agarrado num microfone ou cantado acompanhado... Cada vez mais isto desaparece. Hoje em dia os concorrentes de "caça-talentos" já não são "amadores". Até podem ter outras profissões ou estudar mas já quase todos são "artistas": ou porque fazem parte de uma banda, ou porque têm aulas de canto, ou porque até já trabalham na área mas como "back vocals"... Já não há verdadeiros amadores a participar em programas de cantores em Portugal.
Apesar disto: temos uma panóplia enorme de grandes vozes no nosso país e que por vezes são desaproveitadas em detrimento de cantores medianos ou fracos que com menos roupa e menos qualidade nas letras ocupam grande espaço de um mercado que não se interessa com a qualidade mas com o lucro... aliás, nada de novo...

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Sobre coisas que (me vão) perguntando, (vou) pensando e (vou) vendo

- Acreditas em Deus? Sim! Mas porque? Porque existe! Mas já o viste? Já!!!
- Lá porque sou um homem de fé, não preciso ser religioso. Lá porque tenho fé em Deus não tenho de acreditar no "negócio" de Fátima. Uma coisa não depende da outra...

- ...ou talvez tenha. Um dia um professor de História da Salvação, Padre, ensinou-me isto: a história da salvação ficou completa com a morte, ressurreição e ascenção de Jesus ao "céu". Daí para a frente não há necessidade de mais manifestações para que a humanidade encontre a salvação.
- A Igreja do Sabugueiro, parece, vai ser, finalmente, intervencionada. Tarde de mais porque já podia estar há anos, bem a tempo porque ainda não aconteceu nenhuma desgraça.
- Naquela estrada passei algumas vezes. A maioria delas depois de noites de alegria imensa e de coração cheio de Deus. Mal sabia (sabiamos) o perigo que corriamos. Repito: os culpados são muitos e institucionais... Mas cada um de nós que nos damos conta de aspectos da nossa malha urbana que possam manifestar perigo para as vidas humanas e/ou animais irracionais devemos insistir e não desistir de as denunciar até que estas sejam vistas e reparadas...
Pronto... Já disse.

Sobre épocas

AAAHHHH as boas e velhas épocas de saldos!!! Que é feito delas????
Aí sim sabiamos que estávamos a comprar o o que tinha sobrado do verão ou do Inverno a preços menores.

Agora vivemos o ano inteiro em saldos. Já não há nada que não seja uma "oportunidade única" durante o ano inteiro. O Marketing agressivo mas que ataca o inconsciente e que nos faz acreditar que estamos a comprar mais barato aquilo que sempre foi aquele preço e que, provavelmente àquele preço já está inflacionado... mas, ei!!! O gajo está a dizer que é uma promoção.
Quando havia saldos as coisas eram caras e ao mesmo preço uma época inteira e andávamos a namorar aqueles sapatos, camisola ou par de calças uns meses ansiando por chegar a semana dos saldos e que ninguém comprasse aquela peça até lá... Agora, está tudo em saldos o ano inteiro o que já não nos faz desejar nada mas faz-nos querer ter tudo.
Até já tenho saudades da época em que as coisas eram caras... porque agora é tudo barato... até os salários estão baratos porque mesmo com saldos constantes ninguém tem dinheiro para nada... Mas, ei!!! As coisas até estão a melhorar e os bancos até já andam a oferecer cartões de crédito de novo... talvez te possa endividar para comprares mais barato...
Ah, as saudades que tenho do tempo dos saldos e de quando era a minha mãe (só ela) a pagar as coisas... Agora ela paga, na mesma, às vezes... porque, infelizmente, mesmo com tantos saldos continua a faltar-me orçamento para comprar aquele telemóvel novo que me está mesmo a fazer falta porque não vou sobreviver sem ele... Mea Culpa, Mea Culpa, Mea Culpa...
Isto faz-me lembrar que tenho 36 anos e que já tenho há volta de 1850 sextas-feiras negras na minha vida... isto para não falar das segundas, terças, quartas, quintas, sábados e domingos... Enfim, há que manter as coisas monótonas e rotineiras...